Jéssica

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A impontualidade do amor...


Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver.

Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de... O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.

O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. "O amor está em todos os lugares, você que não procura."

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender...


Autor: Não sei, mas minha amiga Marii me mandou por e-mail dizendo ser "minha cara", e como a garota me conhece, fazer o quê? Homenagem a ela, mas dedicado a mim...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Deixe-me apenas sentir...



Tenho medo da minha imaginação porque talvez ela esteja criando dentro de mim algo que no fim eu vá perceber que foi só fruto dela...
Já teve a sensação de que ao olhar alguém pela primeira vez, perceber que aquilo alí é só um começo?
Começo de... ? Não sei, não quero pensar no início, nem no meio, nem muito menos no fim...
Quero apenas poder não estar sonhando ou fingindo sentir o amor só pela necessidade de sentir o coração palpitando só de ouvir uma voz ou sentir borboletas no estômago quando ele estiver se aproximando...
E por falar em amor, já que aprofundei no assunto, vamos tentar entender o que se está se passando.
Nããããão! Eu não quero entender! Deixa-me apenas sentir, isso é tão bom, só sentir sem procurar motivos ou explicações. E mesmo que depois eu tenha que abdicar de tudo o que eu sinto agora, me deixa sonhar com esse momento, em que estamos só eu e ele, mesmo que eu nunca possa estar...
Deixa eu esperar ele olhar em meus olhos e se dar conta do que esconde por trás das palavras que tenho medo de um dia serem ditas...

J. Juliana

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O fatídico SE...



Não gosto de me sentir assim, sem respostas e certezas.
Não sei me entregar ao incerto, na verdade eu tenho medo do desconhecido...
Medo de acreditar num sentimento que talvez possa não ser amor.
E se for amor? Vamos lá, vamos supor que eu o ame mesmo...
Como eu vou lidar com essa certeza, se nem ao menos ele pode saber disso?
E se soubesse? Como eu lidaria com sua certeza de saber que te amo se para mim esse amor se torna cada vez mais impossível?
 Se eu tenho medo de te perder de vista, se tudo o que eu quero é te ter por perto, se quando eu me vejo ao seu lado eu posso sentir meu coração cheio de alegria, se ao olhar em teus olhos eu me sinto flutuar, se ao me imaginar sendo não mais eu mas uma parte de nós, eu consigo acreditar no amor... E agora? Se...

J. Juliana

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Preciso de um pouco de mim...



Quero começar uma história nova, viver de uma outra forma, começar um livro em branco e escrever tudo diferente; pegar este, já empoeirado e jogar em um lugar em que eu nunca mais o encontre. Quero esquecer esta identidade e adquirir uma nova, a qual EU possa escolher. Viver com regras me desconserta, me enlouquece, me faz sentir instantes de loucura, vontade de jogar tudo para o alto e não mais me importar com o quanto isso possa ferir alguém, ou até a mim mesma. Mas eu não sou má, não sou daquelas que não se importam com os sentimentos alheios... Mas e os MEUS sentimentos, como ficam? Eu queria só parar de lidar com sentimentos dos outros, com as histórias que os outros vivem e começar a viver as MINHAS histórias, a realizar os MEUS sonhos, lidar com os MEUS sentimentos, fazer uma faxina nesse MEU coração e acordar para esse tal novo que EU espero... Mas por que diabos isso é tão complicado?
O que me prende dentro de mim? Se eu sei que isso pode ser a chave para a felicidade, que isso só me ganhar, por que eu tenho tanto medo? [...]

J. Juliana